As pilhas e baterias contêm metais pesados como o cádmio, o mercúrio e o chumbo e quando dispensados no lixo comum acabam indo para os aterros contaminando o solo, reservatórios de água podendo chegar às plantações. Esses componentes químicos causam diversas doenças, inclusive o câncer.
Para reciclar pilhas e baterias é necessário fazer um reprocessamento, ou seja, após o uso são transformadas novamente em matéria-prima. Esse reprocessamento é bastante tóxico. O material é triturado, misturado com ácidos, prensado e torrado. Depois de torrado, este material vira um granulado que ainda é moído resultando em um pó escuro que vira matéria prima para as indústrias de coloríficos.
No Brasil a única empresa licenciada e certificada para a reciclagem total desses materiais é a Suzakin Indústrias Químicas Ltda. Fátima Santos, especialista em Engenharia Ambiental e Gerente Técnica Comercial da Suzakim explica que tudo é reaproveitado, inclusive o lodo das estações de tratamento. “O plástico volta a ser novas peças plásticas, o aço é fundido e volta a ser linguote de aço, o restante será transformado em sais e óxidos metálicos que é a matéria prima para fabricação de corantes para pisos cerâmicos, tintas, vidros e refratários”, explica Fátima.
Infelizmente, nessa empresa a reciclagem de pilhas e baterias acontece apenas uma vez ao mês, pois o volume de material recebido é cinco vezes menor do que a capacidade de reprocessamento da empresa, que é de 150 toneladas.
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